A posse do novo presidente do Império Americano está deixando os neofascistas brazucas em êxtase. Vibram com a decisão dos oligarcas da Meta e do X de liberarem suas redes para servir ao caos. Um caos que tem data para começar oficialmente: 2.o de janeiro, data da posse de Trump. Até aqui, muitas bravatas: eliminar regulações de atividades econômicas, tomar o canal do Panamá e a Groenlândia, mudar o nome geográfico do Golfo do México para Golfo da América, anexar o Canadá, expulsar imigrantes, sobretaxar produtos importados, aplicar sanções aos países que não se submeterem ao interesses do império. Grande parte disso faz parte da tática de soprar o apito de cachorro para manter a matilha em permanente estado de excitação. Até porque não são medidas fáceis de implementar e que podem trazer consequências negativas para a própria economia dos EUA. Trump sempre foi um empresário pragmático, mas com a equipe de lunáticos, desqualificados e psicopatas criminosos que montou, é difícil apostar no que virá.
Mas o que está deixando o neofascismo bananeiro em festa é a adesão das bigtechs. Os oligarcas da Meta e do X anunciaram que vão liberar em suas redes as mentiras e os discursos de ódio e intolerância. Será uma Lei da Selva, com a balela de que os usuários controlarão os conteúdos para assim garantirem a liberdade de expressão absoluta. Falácia. Alguns analistas se perguntam se essa decisão dos oligarcas é somente oportunismo para multiplicar o seu patrimônio, se a adesão aos objetivos do Trump é ideológica ou de conveniência. Irrrelevante. Na prática, o estrago vai ser grande.
As recentes trapalhadas em torno da regulação do PIX foi só uma amostra do que virá por aí.
Trump e seus asseclas olham para a América latina como os nazistas olhavam os judeus: uma raça inferior. Muito provavelmente o Tio Sam vai infernizar a vida das nossa frágeis democracias. As redes sociais de seus oligarcas estão prontas para desestabilizá-las tanto quanto possível. O Brasil será objeto de atenção especial, pela atuação no BRICS. Os EUA querem expulsar China e Rússia do que creem ser seu quintal.
Cinco países terão eleições esse ano no continente: Chile, Bolívia, Equador, Honduras e Guiana. Serão atacadas sem pena nem dó. E as ações para desestabilizar Colômbia, México e Brasil serão frequentes. Sem falar dos habituais ataques à Venezuela, Cuba e Nicarágua (a primeira principalmente, pelo petróleo).
Os golpistas daqui estão animados e prontos a servir ao neofascismo internacional, agora no comando da maior potência global.
O caos se aproxima. Porém nós, democratas, ainda estamos aqui. E vamos resistir. Sem otimismo, mas com esperança.
Como a fala do excelente filme “Malu”: “- Porque não dá pra deixar esses escrotos perderem a vergonha de serem canalhas.”