Bananas Terroristas Terceirizadas

Circulam na imprensa, com certa regularidade, declarações supostamente advindas de “fontes militares” de que as FFAA não apoiarão um golpe convocado pelo Bozo. Mas é difícil dar credibilidade a estas informações.

É difícil crer na honestidade da recente manifestação do General Villas Boas, arquiteto da ação militar no impeachment da Dilma, na prisão de Lula e na articulação para fazer o Bozo presidente. Historicamente, no dialeto da caserna, “golpe militar” na prática é traduzido como “compromisso com a democracia” e “respeito à legalidade”. Desde a queda do Império é assim.

A insistência dos militares em interferir no processo eleitoral – em particular no que diz respeito às urnas eletrônicas –  já ultrapassou todos os limites do bom senso. São inúmeros questionamentos sem fundamentos e propostas de “aperfeiçoamento” desprovidas de razoabilidade.

Por que tanta insistência em tutelar o processo eleitoral? Existem algumas hipóteses que têm sido consideradas. A primeira delas é o desejo dos militares de avançar cada vez mais no terreno do poder civil. Com esta intromissão, também querem passar um recado: não estão dispostos a retroceder no espaço conquistado durante o governo de seu cavalo de tróia (o Bozo). Na verdade, é um projeto do que já chamam de “Partido Fardado”, que tem a ambição de impor a visão de mundo da caserna até 2030, conforme o patético plano de ação amplamente divulgado.

Sim, os fardados das repúblicas bananeiras se acham o “ó do borogodó”. Nem se dão conta da vergonha que passamos no plano internacional por conta dos delírios deles.

A segunda hipótese é a mais preocupante: ao disseminar uma falta de confiança nas urnas eletrônicas, sinalizam que não pretendem aceitar os resultados das urnas, caso não sejam favoráveis aos seus projetos. E este é o maior perigo.

Conforme a opinião dominante dos cientistas políticos, as quarteladas não são mais viáveis no mundo de hoje. Mas isso não significa que a milicada bananeira não tenha táticas e estratégias para viabilizar os seus projetos. Com sólida formação teórica na arte da guerra, sabem formular bem planos ofensivos e defensivos e fazer a leitura de cenários de combate.

Vamos então a uma das teorias conspiratórias que circulam por aí.

Muito já se falou da postura displicente dos militares com a liberação de armas com alto poder de fogo para a população civil, inclusive com desregulamentações que dificultam o rastreamento do uso de armas e munições. Nenhuma força armada do mundo estimula este tipo de política. Significa enfraquecer uma de suas principais prerrogativas, que é o uso da violência legítima do Estado.

Porém, o que é uma aparente negligência, pode ser apenas parte de um projeto.

O golpismo é parte do DNA das FFAA brasileiras desde a Proclamação da República. Sempre recorrem a ele quando se sentem ameaçados pela perda do poder ou de seus privilégios, travestidos de um cínico furor patriótico. E tivemos no Brasil dois momentos em que, por obra do acaso, os militares não perpretaram atentados terroristas contra a população brasileira. Falamos do caso PARA-SAR e do atentado frustrado ao RIOCENTRO, já comentados neste blog.

Mas o que eles podem fazer agora, já que não existe mais espaço para quarteladas? A resposta é a terceirização do terror. Deixar que os Clubes de Tiro e Caça, milicianos e alucinados em geral façam o trabalho sujo.  A tão falada “invasão do Capitólio” tupiniquim poderá dar o pretexto que os militares bananeiros tanto querem, de retomar o poder em nome da ordem pública.

Por isso permitiram que os monstros fossem fartamente alimentados com munição e armamento pesado, muito além do necessário para uma suposta “defesa pessoal”.

Os militares investiram de forma pesada em equipamentos de última geração para a guerra cibernética. Tais tecnologias estão sendo usadas não contra os inimigos externos – que nosso país não tem – mas contra o “inimigo interno” desta casta bananeira.

Eles já sabem muito bem do que se passa no submundo miliciano. Monitoram bem de perto. E vão usar isso não para proteger a cidadania, mas para apresentarem-se como os salvadores da pátria, como uma reserva moral da sociedade num momentos de crise. Cambada de hipócritas.

Nas próximas semanas poderemos ter um “incêndio do Reichstag” 4.0. A conferir. O fascismo bananeiro é capaz de tudo. Só nos resta torcer para que, mais uma vez, a bomba exploda no colo deles.