Em 1979, Jaime Roldós Aguilera foi democraticamente eleito presidente do Equador, interrompendo uma sequência de governos militares. Ele se opôs aos interesses de petrolíferas norte americanas e foi acusado pelo então presidente Ronald Reagan de se aproximar da URSS. Em 1981 morreu num “acidente” de avião. Houve quem dissesse que havia uma bomba escondida num gravador que carregava consigo. Caso abafado e relegado para o rol das teorias conspiratórias.
Pouco depois, Omar Efraín Torrijos Herrera, o presidente do Panamá que negociou com Jimmy Carter o retorno do canal para o próprio país – soberania que Trump deseja reverter – também morreu num acidente aéreo. Torrijos negociava como o Japão uma ampliação do Canal do Panamá, quando Reagan assumiu e manifestou indignação com a entrega do Canal aos panamenhos pelo governo democrata. Há documentos que contém fortes indícios de uma bomba detonada no voo.
Há uma ampla literatura sobre esses dois acidentes, com fortes evidências de que teriam sido perpetrados pela CIA.
Ademais há um vasto inventário de mortes de lideranças democratas em acidentes, não somente aéreos, mas também casos de possível envenenamento, mortes súbitas supostamente de causas naturais e acidentes automobilísticos. Em alguns casos, tudo indica que foram fatalidades mesmo. Mas em outros é gritante a coincidência das fatalidades mal explicadas terem acontecido num momento em que as vítimas ameaçavam profundamente os interesses dos EUA.
Os EUA só não tiveram sucesso com Fidel Castro, o maior alvo de tentativas de assassinato pela CIA. Há dúzias de documentos oficiais que comprovam a existência de vários planos fracassados. De acordo com a Inteligência Cubana, forma centenas, conforme o livro 638 Ways to Kill Castro, de Fabián Escalante.
Após três sustos em viagens aéreas, Lula deveria, urgentemente, pedir à Cuba uma cooperação técnica para se prevenir. CIA e MOSSAD não brincam em serviço. Sem falar que boa parte da tecnologia de navegação aérea é de origem israelense.
Ranald Reagan hoje seria considerado um gentleman. Fascistas – como Trump e Netanyahu – não tem limites.