Dudu bananinha, que faz lobby para que os EUA aplique punições às autoridades brasileiras que processam seus amigos e familiares por atividades criminosas, está exultante nas redes sociais. Tudo por conta do anúncio do governo Trump de promover represálias a quem ameace os interesses ou a plena liberdade de expressão dos seus cidadãos. Uma comentário do Marc Rubio, com uma suposta indireta ao Xandão no “X”, causou alvoroço. Porém, para a maioria dos analistas, a medida visa muito mais a regulação das redes sociais pela União Europeia, que está inspirando outras leis similares pelo mundo. O destino pessoal dos bolsofascistas é secundário para o Trump. O que interessa a ele é defender os interesses das bigtechs que o levaram ao poder.
Nesse cenário, de forma descarada, uma aliança Centrão/Bolsofascismo aprovou uma Moção de Solidariedade ao filho de Jair Bolsonaro na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara. Quinta-coluna é pouco para adjetivar essa escumalha. Mas a aliança oportunista tem também o objetivo de promover mais um possível pré-candidato à presidência em 2026. Um dos “capos” do centrão afirmou que o nome deve sair da família do Bolzo, já que o chefe do clã, ao menos até o presente momento, resiste a apoiar outro nome fora de seu círculo familiar.
A PGR reagiu e abriu uma investigação sobre as atividades do deputado bananinha nos EUA. Curiosamente, um dos diários oficiais da Faria Lima saiu em defesa do deputado, acusando a PGR e o STF de perseguir a liberdade de expressão. Nada de novo sob o sol. Enquanto o rentismo não tiver um candidato viável para vencer as próximas eleições, não vai deixar o bolsofascismo fenecer. Na pior das hipóteses, pode ser a única alternativa que reste para a banca, mesmo sendo um tanto indesejável. Daí a capa de uma revista semanal já estampar o filhote de bolzo como um “perseguido”, em mais um balão de ensaio típico dessa costumeira vergonha jornalística.
Já outro jornal, especializado em economia, abriu suas páginas para um notório Faria Limer, investidor CEO, CIO e outras tretas. Além de exaltar Milei, Trump e incensar Tarcísio, pintou um cenário de assustador caso o governo seja reeleito, “penalizando a alta renda para continuar subsidiando as classes menos privilegiadas”, disse ele. Um raro momento de sincericídio da elite bananeira, que revela o seu desprezo pela solidariedade social.
Paralelamente a esses fatos, a Polícia Federal descobriu que, além de formar golpistas, a AMAN também formou milicianos verde-oliva. A descoberta de um grupo de extermínio para executar altas autoridades, com tabela de preço e tudo, demonstra o quão os militares são os responsáveis pela nossa bananice. Aliás, um grupo terrorista comandada por um coronel ex-colega de turma do Bolzo. Enquanto a impunidade grassar no meio militar, essas excrecências serão recorrentes. Desde o caso Para-Sar, passando pelo episódio do Riocentro, a (de)formação militar produz essas monstruosidades. O pior é que essas abominações ainda estão por aí, a espera de uma oportunidade para ressurgir.
É difícil a vida da democracia nas repúblicas bananeiras.
Por essa e por outras, a situação dos golpistas no STF só se complica. Daí se aferrarem a sua última esperança. Anseiam por uma manifestação direta de apoio do presidente “de coração” deles (Donald Trump). Sonham com uma nova operação “Brother Sam”. Porém os EUA ainda sabem medir riscos. Trump é capaz de bravatas eloquentes, mas recua quando a resistência é grande. Já virou até piada naquelas bandas o termo TACO (Trump Always Chickens Out, ou “Trump sempre amarela”).
Se Trump fizer algo contra o Brasil, algo que certamente fará, nesse momento será algo mais simbólico. O que é mais provável é uso de táticas de guerra híbrida. Afinal, atingir o BRICS é a verdadeira meta do Tio Sam. Bolzo&famiglia é só pet subserviente, nada mais que isso.
Com a popularidade despencando e resistência interna crescente, Trump só tem dois anos para fincar o seu projeto autocrático. As eleições de meio de mandato podem minar seus intentos. Além disso, o antiamericanismo vai crescendo pelo mundo. Musk pediu o boné ao aprender a sua primeira lição. Com a queda vertiginosa nos lucros da Tesla entendeu o óbvio: é melhor bancar testas-de-ferro do que assumir pessoalmente funções governativas.
Segue o jogo.